O telefonema
O telefone toca.
Ela — Estou?
Ele — Sim. Podes ouvir-me?
Ela — … Porquê? O que é que mudou?
Ele — Nada. Eu não quero que nada mude…
Ela — Não sejas ridículo! Todas aquelas palavras amargas que trocámos não foram nada? Todo este tempo… Se tu não sentiste, eu senti.
Ele — Claro que senti, mas…
Ela — Mas o quê? Porque é que me telefonaste? Para eu me lembrar que tu existes?
Ele — Já te tinhas… esquecido de mim?…
Silêncio.
Ele — Não respondes porquê?
Ela — … não…
Ele — Não o quê? Não vais responder?
Ela — Não, fogo! Ainda não me esqueci de ti! Há um ano que sonho contigo, mas não junto de ti. Há um ano que a minha vida não faz sentido. Há um ano que a minha vida mudou. Há um ano que te foste embora… e há um ano que eu espero por ti, por uma carta, um telefonema, ou o melhor, uma visita…
Ele — Ainda me amas?! Depois de tudo o que aconteceu, depois de tudo o que dissemos um ao outro…
Ela — Sim, eu ainda te amo. Ainda te espero, e vou esperar para sempre. Tenho uma pessoa que quero que tu conheças.
Ele — …Quem?
Ela — O Pedro. Tem um ano e está louco para te conhecer…
Ele — Pedro… Mas esse é… é o meu nome… … Tu foste… nós fomos…?
Ela — Sim, eu sou mãe, tu és pai e nós… somos pais…
Ele — Como é que ele é?
Ela — É lindo! Tem os teus olhos e a tua boca. É lindo como tu.
Lágrimas do outro lado.
Ele — Eu… eu fui tão estúpido… tão estúpido…
Mais lágrimas, de ambos.
Ela — Fomos os dois… mas nós éramos uns putos, não pensávamos em nada… Mas acredita, ser mãe ajudou-me a crescer… ajudou-me muito…
Ele — Achas… achas que eu darei… um bom pai?
Ela — Claro! No princípio é um pouco estranho… tens de acordar a meio da noite com o choro, tens de mudar fraldas… mas com o tempo habituas-te.
De repente, ouve-se um choro distante.
Ela — Tenho de ir…
Ele — Espera.
Ela — Não dá, ele precisa de mim…
De novo o silêncio, exceptuando pelo choro do filho que os unia.
Ele — Podes fazer-me um grande favor?
Ela — Sim, claro! O que é que queres?
Ele — Podes vir abrir-me a porta?
Ela — Estou?
Ele — Sim. Podes ouvir-me?
Ela — … Porquê? O que é que mudou?
Ele — Nada. Eu não quero que nada mude…
Ela — Não sejas ridículo! Todas aquelas palavras amargas que trocámos não foram nada? Todo este tempo… Se tu não sentiste, eu senti.
Ele — Claro que senti, mas…
Ela — Mas o quê? Porque é que me telefonaste? Para eu me lembrar que tu existes?
Ele — Já te tinhas… esquecido de mim?…
Silêncio.
Ele — Não respondes porquê?
Ela — … não…
Ele — Não o quê? Não vais responder?
Ela — Não, fogo! Ainda não me esqueci de ti! Há um ano que sonho contigo, mas não junto de ti. Há um ano que a minha vida não faz sentido. Há um ano que a minha vida mudou. Há um ano que te foste embora… e há um ano que eu espero por ti, por uma carta, um telefonema, ou o melhor, uma visita…
Ele — Ainda me amas?! Depois de tudo o que aconteceu, depois de tudo o que dissemos um ao outro…
Ela — Sim, eu ainda te amo. Ainda te espero, e vou esperar para sempre. Tenho uma pessoa que quero que tu conheças.
Ele — …Quem?
Ela — O Pedro. Tem um ano e está louco para te conhecer…
Ele — Pedro… Mas esse é… é o meu nome… … Tu foste… nós fomos…?
Ela — Sim, eu sou mãe, tu és pai e nós… somos pais…
Ele — Como é que ele é?
Ela — É lindo! Tem os teus olhos e a tua boca. É lindo como tu.
Lágrimas do outro lado.
Ele — Eu… eu fui tão estúpido… tão estúpido…
Mais lágrimas, de ambos.
Ela — Fomos os dois… mas nós éramos uns putos, não pensávamos em nada… Mas acredita, ser mãe ajudou-me a crescer… ajudou-me muito…
Ele — Achas… achas que eu darei… um bom pai?
Ela — Claro! No princípio é um pouco estranho… tens de acordar a meio da noite com o choro, tens de mudar fraldas… mas com o tempo habituas-te.
De repente, ouve-se um choro distante.
Ela — Tenho de ir…
Ele — Espera.
Ela — Não dá, ele precisa de mim…
De novo o silêncio, exceptuando pelo choro do filho que os unia.
Ele — Podes fazer-me um grande favor?
Ela — Sim, claro! O que é que queres?
Ele — Podes vir abrir-me a porta?
8 Comments:
At 10/4/06 23:32, Anónimo said…
Que bonito! =)
Finalmente um post novo! =)
E sim senhora Xaninha, tou a ver que o jeito na escrita corre pela família! ;)
Parabéns à tua maninha pelo texto...=)
p.s. eu ganho alguma coisa por ser a 1ª(?) a comentar?:P
At 17/4/06 22:31, T. said…
ahahaha...começou tao mal acabou tao bem!!=D
a ela caiu-lhe o coraçao n??
***
At 20/4/06 21:14, Anónimo said…
Uma foto das manas, por favor!
At 25/4/06 18:41, Anónimo said…
as coisas realmente boas fazem-se smp esperar :)
ou então sou só eu que estou feliz...
beijinhos Xana**adorei o post:)
At 26/4/06 11:29, Nokkas said…
Adorei a serio... Estava há espera de ver outra coisa e depois tenho um final destes, gosto de textos assim e talvez por isso tenha gostado muito deste, principalmente de :
"Ela — Sim, eu ainda te amo. Ainda te espero, e vou esperar para sempre. Tenho uma pessoa que quero que tu conheças.
Ele — …Quem?
Ele — Pedro… Mas esse é… é o meu nome… … Tu foste… nós fomos…?
Ela — Sim, eu sou mãe, tu és pai e nós… somos pais…
Ele — Como é que ele é?
Ela — É lindo! Tem os teus olhos e a tua boca. É lindo como tu.
(...)
Ele — Podes vir abrir-me a porta?"
Eu acho que quando duas pessoas se amam e por erros se separam, embora se continuem mesmo assim a amar embora a distancia e a dor, por mais tempo que o tempo leve, mais voltas que o mundo dê se essas pessoas se pertencem então num qualquer dia voltaram a encontrar-se...
Um beijinho =)
At 1/5/06 22:32, J. said…
adorei o final... simplesment sorridente! =) continuaaaa! *
At 29/9/06 18:44, Anónimo said…
a minha pinpolha ta lhe a dar... adorai u telefonema...tao u final ta lindo...ta simplesmente 5*****...
continua axim...k vaix longe...es uma nina 5*...nunca mudes...bjitox...fica bem...txau...
bao xorte para u futuro...espero k sejax mt feliz...
At 29/9/06 18:45, Anónimo said…
pinpolha so eu a vanessa...bjitox fica bem...
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