Como se leva uma estrela para o céu?

"O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa) Tal como o poeta, também eu finjo, imagino, invento e crio com as minhas palavras...

sábado, julho 1

Borboletas...


Tu dizias que o Verão só chegava quando visses a primeira borboleta branca bater as asas, esvoaçando na tua frente, passando fugazmente pela tua vida. Dizias que o Sol brilhava com mais força nesse momento, que o céu se iluminava, que o calor apertava e tu sabias, instintivamente, que a estação tinha mudado. Para ti não interessavam solstícios nem equinócios, tu só querias saber de borboletas…
Tu dizias e eu escutava, embevecida, as tuas palavras encantadas que me faziam acreditar em magia. E quando um dia quis apanhar uma borboleta para guardar o Verão sempre comigo, tu disseste que era impossível, que as borboletas são como o tempo, rápidas e fugidias, e que não as podemos capturar, mas apenas apreciar o momento em que passam a voar pelas nossas vidas…
Tu foste a minha borboleta que tantas vezes me trouxe o Verão, mas que um dia me fugiu para sempre. No entanto, hoje vi uma nova borboleta branca e percebi que o Verão tinha chegado novamente…

2 Comments:

  • At 1/7/06 02:47, Blogger Fátima said…

    =D tão doce, tão fresco...tão...verão!!! =)=) nada é eterno mas há momentos mágicos em que renascemos e somos felizes para sempre!!!! =)

     
  • At 11/9/06 21:26, Blogger Daisy said…

    borboletas...frescas, leves, fugidias, marcantes.. =) * adorei

     

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