Como se leva uma estrela para o céu?

"O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa) Tal como o poeta, também eu finjo, imagino, invento e crio com as minhas palavras...

quarta-feira, dezembro 5

Uma questão filosófica...

Largo os livros de Filosofia no chão frio do quarto. São tantos silogismos e tantas falácias, mas a única coisa que eu consegui perceber ao certo foram os teus sofismas. Olho pela janela. As luzes nocturnas de Lisboa já não brilham tanto, ou será que eu as vejo de forma diferente? É lógico que tudo é diferente quando estamos apaixonados. Lá está ela outra vez a entrar nos meus pensamentos. Sento-me à mesa do computador de luz apagada, a única luz que brilha é a do monitor. Procuro o teu nome na lista de contactos do MSN. É lógico que não lá estás. Deves estar a ver as luzes de Lisboa, com "aqueles" olhos, aqueles que usávamos quando víamos juntos o mundo, aqueles de quando estávamos apaixonados e tudo era tão frágil e ao mesmo tempo tão seguro. Será que estas duas palavras dariam um silogismo válido? Provavelmente não. Vesti casaco e saí para a fria noite de Inverno, para a fria vida sem ti. Caminhei sem destino. Não sabia para onde ia, mas sabia que seria feliz sem ti! Ora aqui está um paradoxo. E lá está a filosofia outra vez na minha vida...
Acho que o amor não é nada mais que uma questão filosófica.