Como se leva uma estrela para o céu?

"O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa) Tal como o poeta, também eu finjo, imagino, invento e crio com as minhas palavras...

domingo, maio 28

Olhou demoradamente para a linha ínfima, quase invisível, que lhe percorria a mão esquerda, mesmo por debaixo do sinal castanho-escuro, e perguntou baixinho, para ninguém:
"Onde andas tu?"

domingo, maio 14

Manas

Alexx & Niña

Alguém tinha pedido uma foto das manas. Aqui está!

sexta-feira, maio 12


— Porque é que as mulheres são assim?

— Somos assim porque somos diferentes. E somos diferentes para vocês, homens, gostarem de nós. Porque se fôssemos iguais aos homens, então vocês não gostavam de nós, mas sim de vocês mesmos.
É uma filosofia interessante ;)

quinta-feira, maio 4

Amo-te


Tinha 20 anos e nunca dissera Amo-te. Ou já o dissera, mas não na acepção romântica da palavra — dissera-o à família, aos amigos, às pessoas mais importantes da sua vida… mas nunca a um apaixonado ou enamorado seu. Estes já lho haviam dito, por diversas vezes. E de todas elas, ela reagira de maneira diferente, mas nunca o dissera de volta. Nunca o dissera e fazia-lhe confusão a facilidade com que as pessoas o diziam, a facilidade com que elas amavam (ou pensavam que amavam) — via os rapazes e as raparigas da sua idade e mais novos ainda saltarem de relação em relação como quem vai a um parque de diversões e quer experimentar tudo. A efemeridade dessas relações assustava-a, principalmente quando ouvia a malfadada palavra Amo-te surgir de lábios que tocavam os outros há apenas escassas semanas. Poderia o Amor surgir num instante e ir-se embora com a mesma rapidez com que havia chegado? Ela não acreditava. Não podia acreditar que o Amor fosse momentâneo. A diversão era passageira, o interesse e a atracção inicial podiam ser transitórios, a química podia até ser fugaz, mas o Amor? Não. No seu espírito sonhador, ela acreditava que o Amor era algo mais. Era algo mágico e especial, algo que não se encontrava em todas as relações que se tinha, era algo para o qual ela se guardava. Por isso nunca dissera Amo-te. Porque ainda esperava por alguém diferente de todos os outros, alguém feito para ela, alguém a quem ela pudesse dizer sem se arrepender mais tarde Amo-te.